domingo, 7 de dezembro de 2014

Doenças Psicossomáticas


Doenças Psicossomáticas






“Isso é coisa da sua cabeça”
“Você não tem nada, é psicossomático,  está apenas somatizando”.
 Muitos usam essas frases como acusação contra as pessoas que passam por doenças psicossomáticas.Mas saiba que o fato de possuir doença psicossomática ou passar por somatização não significa que não há doença. Isso é injustiça com a pessoa que passa por sofrimentos e doença real.



Alguns dizem que somente três modalidades das doenças não são de origem psicossomática:
-Congênitas: quando a pessoa nasce com  uma má formação ou deformação.
- Ambiental: Quando ações externas são causadoras de doenças como impactos, gazes, radiação, vírus, etc.
- Genética: Quando a pessoa recebe de seus pais genes relacionados à doenças.
Mas na realidade apenas um psicólogo ou psiquiatra pode diagnosticar corretamente se sua doença tem origem psicossomática ou não.

Doença psicossomática ou somatização: Qual a diferença?


Somatização:

Presença de sintomas físicos mas não há doença orgânica.  A causa destes sintomas é emocional. Por exemplo: Na síndrome do pânico a pessoa apresenta sintomas orgânicos idênticos ao ataque do coração, ou à problemas intestinais, mas o médico não detecta cardiopatia alguma em seus exames.

Doença Psicossomática:

Presença de alterações clínicas detectáveis por exames de laboratório, ou seja, o corpo da pessoa apresenta danos físicos. É uma doença orgânica, mas com causa psicológica. Em situações de forte estresse emocional o corpo reage como que “informando” que algo não está bem.
Alguns exemplos:
Pele – irritação, alergias, coceiras, vermelhidão .
Estômago – má digestão, enjôos, vômitos, azia.
Intestino – diarréia.
Garganta – Irritação, tosse, dificuldade para respirar, dor e inflamação.
Sistema imunológico -  gripe, herpes, etc.
Cabeça - dores, enxaqueca.
 Poder da mente?
 O que a psicologia e o processo de psicoterapia nos mostra é que  se a mente pode produzir algo ruim também pode ter a capacidade de reverter. Alguns chamam isso de poder mental, mas não se trata de nada esotérico,  mas apenas da capacidade que todos temos de influenciar nosso corpo, e já que você faz isso involuntariamente que tal aprender a “dominar” sua saúde física e mental?

Somatização

Soma significa físico ou corpo. Dizemos que alguém somatizou quando algo que inicialmente manifestava-se a nível psicológico passa a se manifestar em seu corpo. A somatização é um sintoma,  ou seja, uma forma de seu corpo lhe “comunicar” que algo não está bem.
Os pacientes que somatizam sentem mal estar físicos verdadeiros, o fato de estes sintomas terem uma base emocional não significa que não exista o desconforto, mas normalmente ele é supervalorizado pelo paciente, ou seja, as sensações e dores são muito mais intensas apesar de não haver resultados médicos que indiquem uma doença orgânica – o que propicia uma sensação de grande incompreensão pois não indicam uma doença do corpo mas uma doença emocional.
No Transtorno de Somatização costuma haver um grande numero de dores e desconfortos físicos a ponto de causar prejuízos generalizados na vida desta pessoa, pois limitará sua capacidade de vida pessoal e profissional.
Na Somatização a pessoa costuma procurar em primeiro lugar o médico, mas este não consegue fechar um diagnóstico devido ao tipo de dor apresentada que normalmente não caracteriza uma doença especifica. As dores costumam aparecer na cabeça, articulações, costas, extremidades, tórax, dificuldades na digestão, funções sexuais, queixas cardíacas ou respiratórias.
Ou seja, os exames médicos não confirmam a doença que estas dores sugerem.
Normalmente a pessoa que somatiza tem um longo histórico de exames e consultas médicas que nã identificam seu problema real. Infelizmente os médicos ainda tem dificuldade para identificar as dores emocionais e mantem estes pacientes em rotinas desnecessárias de longos e caros exames físicos quando deveriam ser encaminhados para o psicólogo.
É muito comum que estes sintomas estejam associados a um quadro de depressão ou ansioso como, por exemplo, a síndrome do pânico.
O grande problema aparece quando o próprio paciente não aceita quando, finalmente, seu médico orienta a procura pelo psicólogo. Muitas vezes o próprio paciente junto ao seu médico percebe que as variações dos sintomas acompanham acontecimentos que mobilizam emocionalmente este paciente – e este seria o grande indicador para fecharmos o diagnostico para problemas emocionais.
Para o diagnóstico do Transtorno Somatização é importante que os sintomas causem sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes. Depois deste procedimento clínico podemos observar uma extensa lista de sintomas possíveis de refletir uma somatização:

SINTOMAS MAIS COMUNS  NA  SOMATIZAÇÃO

1 - vômitos
2 - palpitações
3 - dor abdominal
4 - dor torácica
5 - náuseas
6 - tonturas
7 - flatulência
8 - ardência nos órgãos genitais
9 - diarréia
10 - indiferença sexual
11 - intolerância alimentar
12 - dor durante o ato sexual
13 - dor nas extremidades
14 - impotência
15 - dor lombar
16 - dismenorréia
17 - dor articular
18 - outras queixas menstruais
19 - dor miccional
20 - vômitos durante a gravidez
21 - dor inespecífica
22 - falta de ar
Entre os próprios médicos ainda é muito forte a idéia de que o paciente somatizador tenta enganá-los ou procede de má-fé. Às vezes e intimamente, o médico se aborrece porque as queixas somatiformes não obedecerem o que ele aprendeu nos livros tradicionais de medicina.
A psicoterapia pode demostrar resultados nos primeiros momentos pois capacitará a pessoa a expressar melhor seus sentimentos através da fala, e assim não dependerá mais que seu corpo expresse suas angustias através dos sintomas orgânicos . Quanto maior a capacidade do indivíduo referir seu mal-estar emocional através de discurso sobre o que sente, como por exemplo, relatando sua angústia, sua frustração, depressão, falta de perspectiva, insegurança, negativismo, pessimismo, carência de carinho e coisas assim, menor será a chance de representar tudo isso através de palpitações, pontadas, dores, falta de ar, etc.
Mas este será apenas o primeiro passo da terapia, o nosso objetivo será não só de aprender a expressar os sentimentos como também de reorganizar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos de forma a adquirir uma nova atitude diante da vida, e das pessoas  que compõem sua vida.

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