A Tatuagem não muda o carácter de uma pessoa!
A tatuagem e
o preconceito hoje
A tatuagem passou quase todo o século XX sofrendo
com o preconceito ancestral herdado desde a Idade Média, mas graças ao culto à
personalidade criado pela mídia para poder falar sobre cantores, atores e
diversas personalidades notórias, a tatuagem começou a ser vista também como
uma forma de expressão artística. A partir da “invenção da juventude” como
mercado consumidor, em meados da década de 1950, e dos ditames estéticos
propagados pelos ídolos desta juventude, principalmente cantores de rock, a
tatuagem começou a sair do gueto e invadir os “grandes salões da sociedade”.
Jovens e adultos que aderem à tatuagem como forma de expressão e homenagem, mas
em contra partida, há também um grande preconceito profissional contra a tatuagem,
principalmente nas profissões mais tradicionais, como médicos, engenheiros e
advogados. A visão do público ainda é altamente preconceituosa, e isso dita a
contratação ou não de um profissional tatuado.
A tatuagem não é mais demonizada pela população
como antigamente, e isso se deve à adesão de pessoas famosas que são adoradas
pelo público e que aparecem ostensivamente na mídia mostrando sem pudor as
tatuagens que cobrem partes visíveis do corpo. O principal foco de
preconceito contra tatuagens ainda é o mercado de trabalho, mas setores
mais conservadores da Igreja católica, evangélicos e até mesmo cidades
interioranas com prefeitos conservadores mantêm a tatuagem em um gueto de
desprezo, ojeriza e até mesmo ódio.
A
polêmica é enorme e as contradições maiores ainda. Do ponto de vista de muitas
empresas a imagem dos colaboradores significa muito e isso inclui o fator
tatuagem. Muitas delas acreditam que um funcionário tatuado passa uma impressão
agressiva e até desleixada e optam por não recrutar profissionais com esse
perfil.
A Constituição
Federal declara que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza [...] (art. 5º
caput)”. Então, por quê falar em discriminação?
Mas ainda há preconceito e discriminação em
relação aos corpos tatuados, é uma discriminação velada, afinal segundo a
constituição:
“A discriminação é proibida
expressamente, como consta no art. 3º, IV da Constituição Federal, onde se
dispõe que, entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,
está: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação. Proíbe-se, também, a
diferença de salário, de exercício de fundações e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor, estado civil ou posse de deficiência (art. 7º, XXX
e XXXI).” (Curso de Direito Constitucional Positivo, 2003, p. 222)
Então o que é preconceito e
estereótipo?
Preconceito – É um julgamento
prévio ou pré-julgamento de uma pessoa com base em estereótipos, ou seja, simples
carimbo.
Estereotipo – O termo deve ser
claramente distinguido do preconceito, pois pertence à categoria das
convicções, ou seja, de um fato estabelecido. Uma vez “carimbados” os membros
de determinado grupo como possuidores deste ou daquele “atributo”, as pessoas
deixam de avaliar os membros desses grupos pelas suas reais qualidades e passam
a julgá-los pelo carimbo.
Assim, infelizmente Empregados com tatuagens visíveis podem ser vistos pelos clientes
como ‘abomináveis’, ‘repugnantes’, ‘desagradáveis’ e ‘desarrumados’.
“Eles supõem que os clientes possam sair com uma impressão negativa da empresa
por conta do estereótipo de que gente tatuada é bandido ou drogado”.
Desta forma devemos ver a pessoa pelo seu
caráter e personalidade , não é uma tatuagem que irá determinar quem é esse
sujeito.
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